segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Entrevista com Kilma Farias, da Cia Lunay - Tribal Fusion
Fiz uma entrevista com a bailarina Kilma Farias da Cia Lunay da Paraíba.
Confira!
TU - Qual a sua formação em dança?há quanto tempo dança, o que já dançou e etc (fale sobre você)
K – “Meu primeiro contato com a dança foi através do clássico, dos 4 anos aos 12, passei primeiro por Kátia e depois por Guilherme Schulze. Ingressei na Ginástica Artística, na época se chamava Ginástica Rítmica Desportiva, com Eliana Reis e fiquei até os 15 anos, daí fui estudar dança contemporânea com Marcos Napoleão e depois Maurício Germano. Dei uma pausa na dança aos 18 anos. Fui estudar teatro, com Makários Maia, Fernando Teixeira, Luis Carlos Vasconcelos... e quando retornei à dança, procurei estudar as danças orientais, em especial a dança do ventre, com Martha Farias e Ismália Sales, com o tempo fui catando workshops para aprender sempre mais, com Lulu, Carlla Sillveira, Sandra Miller, Nuriel, Aziza, Suheil, enfim. 5 anos depois veio o tribal e lá vai mais estudo, com Shaide, Yasmin Zambra, sem contar um sem número de professoras virtuais através dos DVDs de vídeo aula, rsrsrs.
Em dezembro de 2009 completo 10 anos de estudo nas danças orientais. Fiz um ano de aula de Circo na Lua Crescente, dança indiana Odissi com Silvana Duarte, afro e dança dos Orixás com Luiza Regina e Juliana Batista, Cavalo Marinho com Itamira Barbosa. Hoje, faço aulas de Flamenco com Beatriz Betcher e de Dança de Rua com Vant Vaz. Estudo percussão com Eli Porto, pois todo ser que dança precisa entender um pouco de música, tocar algum instrumento, enfim.”
TU - Quanto tempo você dança profissionalmente?
K – “Estudo há 9 anos e 8 meses e desde 2003 que comecei a trabalhar profissionalmente com aulas e shows.”
TU - você acha que é possível sobreviver financeiramente trabalhando só com a dança?Como?
K – “É bem relativo; depende do local onde você vive, custo de vida, etc.
Em 2004/2005 eu tente viver apenas da dança, mas não deu, pois a procura por aulas ainda não era grande na Paraíba... até cheguei a publicar um livro, pois sou jornalista, Dança do Ventre Da Energia ao Movimento/2004, mas realmente foram tempos difíceis para se viver somente da dança me tive de voltar para as redações e fui trabalhando paralelamente com dança, com turmas só à noite e tal.
Em 2006 fui convidada pela Rita Andriossi para ministrar aulas de tribal em Buenos Aires/Argentina, e fiquei por lá 20 dias... era uma turma só para professores, de 15 pessoas. Quando voltei para minha cidade a procura pela dança melhorou.
Em 2007, nova tentativa, e graças a Deus as coisas estão acontecendo: as turmas multiplicaram, consegui abrir meu studio de dança, gravei DVD de vídeo aula de tribal fusion, fui capa do cd Nomad Club (tribal e fusão) em Tókio/Japão e os convites para ministrar workshops ficaram mais freqüentes. Claro que tudo cresce proporcionalmente à dedicação da pessoa na arte que está inserida. O caminho é longo, mas dá pra viver de dança no Brasil.”
TU - O que fazer para se tornar um profissional de sucesso? Dê dicas de como...
K – “O reconhecimento vem com o tempo... depois que você consegue realizar várias coisas significativas, show, eventos, workshops, etc. Pra chegar até esse reconhecimento é preciso estudar bastante e sempre, porque principalmente na arte tudo é muito rápido e mutável. Buscar o inusitado, ir aonde ninguém foi, fazer diferença; são coisas que vão te ajudar, mas principalmente você precisa gostar da sua dança, de dançar e de tudo que envolva dança. Responsabilidade é fundamental e o respeito com todos que estão na mesma caminhada. Eu procuro também estabelecer metas e daí vejo os caminhos até chegar lá. Pra mim o processo é bem mais prazeroso do que o resultado.”
TU - O que fazer e que postura tomar para conscientizar as pessoas que trabalham como professor de dança e bailarinos tem uma profissão como outra?
K – “A classe precisa se impor. A regulamentação, no meu ponto de vista, é fundamental. Eu tenho DRT em dança, batalhei por isso. Se toda dançarina que pretende trabalhar profissionalmente pensar assim, a coisa já melhora de figura.
A verdade é que artista de um modo em geral ainda é marginalizado. E isso é questão cultural que precisa ser mudada com atitude. A classe se unindo e produzindo eventos que mostrem a sustentabilidade da modalidade, a possibilidade de investimento, de mercado, de rentabilidade mesmo.
Váááárias vezes trocando idéia com colegas e amigos até da dança, me surpreendi com a pergunta: mas no dia-a-dia você trabalha com o que mesmo?
Bom no dia-a-dia eu ralo muuuuuuuuito, ensinando o que sei e o que venho apreendendo, estudando, coreografando, vislumbrando novos projetos, fazendo contatos, divulgando, etc. Esse é meu trabalho!”
“Não só dançar, mas toda uma engrenagem que têm por trás de tudo isso que passa da sala de aula às relações públicas.
- espaço livre para falar de você.
Prefiro que o trabalho fale por si só, quando a gente fala da gente mesmo somos 100% parciais, rs.”
Taí então os contatos para quem quiser conhecer um pouco mais:
www.myspace.com/kilmita
www.myspace.com/cialunay
http://kilmazinha.multiply.com
(83)88143502
kilmita@gmail.com
Nossos votos de sucesso à Kilma e a Cia Lunay.
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